sábado, fevereiro 26, 2005


Um estreito degrau de cada vez.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Oito.

A recorrência é amplamente meditativa. A meditação como contemplação de um fenómeno recorrente é focalizada o suficiente para sublimar o próprio eu que se medita. Assim, e não pode deixar de ser curioso, o eu que decide encontrar-se é o que começa por desistir de si. Nada mais interessa senão achar-se, nada mais interessa senão perder-se de si próprio.

Penso que é preciso coragem para alguém se deixar perder na recorrência aparentemente monótona. Por si só, esta não é directamente responsável pelo progressivo abandono do eu resultar na irracionalidade, inevitável, do horizonte de coincidência de opostos. É o eu que escolhe perder-se, se tiver coragem para se encontrar.

O eu sentir-se-á compreendido apenas a partir do momento em que se der conta da sua própria inesgotabilidade. Nesse instante aprenderá que a racionalidade não o abarca, e, se for corajoso, libertar-se-á da resistência à recorrência, e dará o salto.

sábado, fevereiro 12, 2005


A guerra nunca foi o meu Forte.