
segunda-feira, setembro 25, 2006
quinta-feira, setembro 21, 2006
terça-feira, agosto 08, 2006
domingo, julho 30, 2006
M.
John Barrow, "The World Within the World"
segunda-feira, julho 24, 2006
The Fountain.



Saiu o trailer de um dos filmes mais aguardados do ano,
disponível à distância de um click na primeira imagem.
Depois de Pi e Requiem for a Dream, espera-se nada menos do que uma obra-prima deste realizador que já alcançou um lugar de culto.
A não perder.
quinta-feira, julho 20, 2006
Bach.
- O primeiro correspondente a um ficheiro comprimido que contém uma série dos referidos corais, que espero que venha a crescer, conforme a disponibilidade. Todos os corais estão disponíveis aqui, mas estão construídos em ficheiros midi cujas vozes são reduzidas ao mesmo instrumento (o piano, neste caso), não permitindo muitas vezes uma distinção clara entre as partes. Na versão que aqui se disponibiliza os ficheiros estão em formato Finale 2006, onde para além de a cada voz ter sido atribuído um instrumento diferente (afim de facilitar a já referida distinção), foi reduzido o tempo, e modificado a clave do Tenor, de "Fá" para "Sol de uma oitava abaixo", para facilitar a leitura desta parte.
- O segundo corresponde à localização do programa requerido para ler os ficheiros disponibilizados: o Finale Notepad, o qual é grátis. Neste programa é possível, para além de várias opções, ouvir e imprimir as peças.
Actualmente, deste pacote inicial fazem parte 45 corais já propriamente arranjados. Mais se seguirão, conforme a disponibilidade.
O estudo da estrutura destas pequenas pérolas constitui um excelente exercício de análise e técnicas de composição, para além de, por exemplo, poderem servir para consolidar a leitura à primeira vista de uma voz à escolha.
Qian Li Zou Dan Qi.

Autêntica poesia em louvor da profundidade da relação humana, que é fiel a si mesma na medida em que perpassa a máscara pela qual se mostra, e na intimidade de quem caminha sozinho ao longo de milhares de milhas, procura o ser que subjaz no actor, porque o ama.
Uma extraordinária interpretação de Ken Takakura, uma belíssima imagética rural chinesa - também ela deliciosamente vívida e humana - magnificamente recortada pelo génio de Zhang Yimou , e toda a riqueza simbolico-relacional do seu argumento (original de Zhang Y.) fazem do visionamento desta película uma experiência ímpar. Necessária.
quarta-feira, julho 19, 2006
quarta-feira, julho 12, 2006
domingo, julho 09, 2006
Derrida.

«The history of love, the heart of love, is divided between the Who and the What. That is, does my heart move because i love someone who is an absolute singularity, or because i love the way that someone is?
One wants to be true to someone - singularly, irreplaceably - and one perceives that this someone isn't "x" or "y". They didn't have the qualities, properties, the images that i thought i'd loved.
Whoever starts to love, is in love, or stops loving, is caught between this division of the Who and the What.»
(Ama-se a pessoa pelo que ela é, ou pela maneira como é? E como aceder ao que ela é, sem ser pela maneira como é?)
AH.
"That sounds relaxin'!"
Angela Hewitt
terça-feira, junho 20, 2006
"Sayat Nova".

Books must be well kept and read, for books are Soul and Life.
Without books, the world would have witnessed nothing but ignorance. You should read aloud for the people to hear, in benefit of their souls...since many are unable to read what is written.

How am i to protect my wax-built castles of love from the devouring heat of your fires?

Where can i find selfless love?
sábado, junho 17, 2006
Persona.

Ouvem-se gritos
máscaras que se degladiam pelo ser
necessários parasitas de sangue ilegítimo
alimentam-se da ignorância, que não as vê
mas sente
e foge do silêncio, porque a inquina,
e contaminada pela Verdade
insufla os seus caóticos rebentos
de seiva mortal mascarada
e em convulsões desaparecem,
rasgados por espasmos de dor silenciosa
nada mais se ouve
apenas se é.
sexta-feira, junho 16, 2006
O Explorador.
Como poderias ver o Desconhecido dentro de ti?
Durante a noite seguiste pelo caminho
Nunca antes pisado;
Viste o sinal no céu
E continuas só; subiste aos altos cumes
Onde a estrela do amanhecer
Inicia a sua viagem de luz.
Quando sob o calor de Abril nasce a cascata,
Esta tem uma visão do seu longínquo futuro
Indescritível na sua beleza!
«Existo! Existo!», irrompe o refrão
E ao ouvi-lo
As águas precipitam-se para o Desconhecido.
Da mesma maneira, uma inefável mensagem ressoa dentro de ti,
E em cada alento ressoa a grande afirmação:
«Existo! Existo!»
Grandes rochas impedem a passagem
Soltando o seu eco, o seu aviso:
«Não! Não! Não!»
As ondas investem contra a matéria inerte,
A dúvida levanta o seu dedo
E o cobarde estremece!
A mente preguiçosa conjura o medo,
E ao procurar salvar-se corre para a morte.
Na estreita senda da Nova Vida,
És o explorador, ignorando os limites,
Conquistando o intransitável.
A cada passo ressoa a grande afirmação:
«Existo! Existo!»
Rabindranath Tagore
quinta-feira, maio 25, 2006
A agonia da criação.
sexta-feira, maio 12, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
sexta-feira, abril 21, 2006
Obesidade Mental.
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação».
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma "alimentação intelectual" tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada».
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado Os Abutres, afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular». O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais».
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma "idade das trevas" ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo, mais que de reformas, desenvolvimento, progressos, precisa sobretudo e urgentemente de dieta mental».
(Recebido por e-mail há pouco tempo)
sexta-feira, abril 14, 2006
O que é a profundidade?
- Três polegadas - responde-lhe o mestre.
- Então - pergunta o discípulo - quem pode nadar nesse rio?
- A montanha.
in CARRIÈRE, JEAN-CLAUDE, "La cercle des menteurs"
(Trad: "Tertúlia de Mentirosos", Teorema, 1998)
Uma voz na noite.
- A noite passada uma voz murmurou ao meu ouvido: «Uma voz que de noite murmura ao teu ouvido, não existe.»
in CARRIÈRE, JEAN-CLAUDE, "La cercle des menteurs"
(Trad: "Tertúlia de Mentirosos", Teorema, 1998)
domingo, abril 09, 2006
Harmonizações.
quinta-feira, março 30, 2006
Portas da Percepção.
Inquilinas do firmamento, escolheram sentir o calor da carne
e a sofreguidão com que devoram a vida é maestrina
da real dança que não acaba com a morte.
Dançam comigo, ouço o gritar ondulante daquela
apaixonada serpente que se me enrola na espinha e
me faz seus os seus olhos.
Sinto o sangue fervilhar
por todo o meu corpo em febril alucinação,
todas as portas foram feitas para serem abertas
mesmo apenas as que são descobertas
pela minha imaginação
e toda a minha vida será em vão
se não vir o que não foi visto
se não escutar o que não foi escutado
se não sentir o que não foi sentido
se não viver o que não foi vivido
E disto Ele ter-se-ía rido
e contado:
"Dança até caires para o lado,
pois muitos são
os que a vida levam em vão
sem nunca terem experimentado
o que é pela própria vida ser-se comido"
segunda-feira, março 27, 2006
O sino.
A lua acabara de desvelar o seu manto.
Sentei-me. Fechei os olhos.
Escutei o grave retinir de um sino que também
acabara de acordar. Entoou um compassado mantra
invitatório e quedou-se à escuta, como eu.
A dança começara. Dispersa, retorcia-se agonizada na
sua própria claustrofobia: - "Urge celebrar!", bradou.
Permiti sem aquiescer. E eis que as ondas se ergueram
em ambos os lados, qual cortina ansiosa por revelar a
música que se prepara por detrás do cenário, e um delicado
eflúvio colorido jorrou por entre as minhas pálpebras,
perfumando o negrume monocórdico da minha pele.
Sorri. Reconheci com ternura esta imagem que repetidamente
deambulara pelos meus olhos desde o dia em que me fizeram
prisioneiro. Esperei.
O sino tocou outra vez. A dança cessou. Era a minha vez
de celebrar. Aquiesci.
Com certeza não iria falhar novamente.
Mas eis que o som estridente de um ferrolho enferrujado
dilacerou o silêncio que de repente se revelou húmido, e alguém entrou.
Era o sineiro, a avisar-me que
a minha hora tinha chegado.
sábado, março 25, 2006
Silence.
That have a double life, which thus is made
A type of that twin entity which springs
From matter and light, evinced in solid and shade.
There is a twofold Silence - sea and shore -
Body and soul. One dwells in lonely places,
Newly with grass o'ergrown; some solemn graces,
Some human memories and tearful lore,
Render him terrorless: his name's "No More."
He is the corporate Silence: dread him not!
No power hath he of evil in himself;
But should some urgent fate (untimely lot!)
Bring thee to meet his shadow (nameless elf,
That haunteth the lone regions where hath trod
No foot of man), commend thyself to God!
Poe.
Obras.
Mas benditos aqueles que procuram a precisão exterior, pois (só) através dela regram a interior.
Truísmo?
in , SCHOPENHAUER, Arthur, "Aphorismen zur Lebensweisheit" (Trad. Port: "A Arte de Viver", Rés-Editora)
(Será?)
terça-feira, março 21, 2006
Ilusão interrompida.
que pinga de uma nota esforçada,
arrepio gélido que enrubesce na disforia
de um sonho interrompido,
estremecido, clama eufórica pelo
perfume da ausência disfarçada,
amada, qual nefelibata que numa
manhã de Outono desmaia ao ouvir
o clangor de uma cristalina gota
que sobre uma triste folha desprezada pelo vento
cai como prelúdio daquela última chamada,
que ilude o tempo
e a dor.
sábado, março 18, 2006
Touching The Void.

"Touching the Void is a tale of remarkable courage and determination that touches the place within ourselves that tells us that miracles can occur in our life if we are able to go beyond what we thought was possible and act as if our life depends on the result."
quarta-feira, março 08, 2006
Memória.
Afinal, para raciocinar a pessoa precisa de matéria-prima.
terça-feira, março 07, 2006
Às vezes.
Proponho um esquema diferente. É que parece-me que Deus atende sempre um pedido de mudança, desde que esta se efectue na própria pessoa.
Pede a Deus que te mude a ti, em vez de mudar o mundo. Vais ver que ele te atende sempre.
E não só às vezes.